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Numerólogo recomendou troca do nome da dupla 'Irmãs Galvão' para 'As Galvão'

29/08/2022 - Marilene Galvão, que sofria de mal de Alzheimer, morreu na última semana em São Paulo.


Numerólogo recomendou troca do nome da dupla 'Irmãs Galvão' para 'As Galvão'

Marilene e Mary Galvão, da dupla As Galvão, relataram em entrevista a um programa de televisão, em 2016, que alteraram o nome artístico, de "Irmãs Galvão" para "As Galvão", por recomendação de um numerólogo.

As irmãs começaram a cantar em Paraguaçu Paulista (SP) e tiveram mais de 70 anos de carreira, que só foi encerrada devido ao quadro de mal de Alzheimer de Marilene.

Marilene morreu na última quarta-feira (24) no Hospital Professora Lydia Storópolina, em São Paulo (SP), onde estava internada. As causas da morte dela não foram divulgadas.

Marilene, da dupla As Galvão, morre aos 80 anos em São Paulo — Foto: Divulgação

 

No programa em 2016, as cantoras foram questionadas pela apresentadora sobre a razão da troca do nome da dupla, consagrada em 2002. Afinal, elas eram conhecidas como Irmãs Galvão desde 1947. A alteração causou estranhamento nos fãs, mas, aos poucos, foi consolidada.

Mary Galvão foi quem respondeu, categoricamente, ao questionamento: “Frescura. Nós continuamos irmãs, mas acontece que de vez em quando o artista precisa fazer alguma coisa para aparecer”.

Mary Galvão (à esquerda) e Marilene Galvão (à direita) encerraram a carreira em 2021 — Foto: Reprodução

 

Em seguida, Mary acrescentou que a mudança ocorreu devido à numerologia. “Nosso numerólogo falou ‘bota As Galvão’. Deu certo, nós estamos aqui. Foi confuso para os fãs, principalmente os programadores de rádio. Tem muita gente que ainda não admite, mas a gente não se importa."

Ao longo da carreira, a dupla lançou 80 discos (veja mais detalhes da carreira abaixo). O fim da dupla foi anunciado por Mary Galvão em entrevista a André Piunti, publicada no YouTube em 19 de junho de 2021.

Luto

Marilene morreu no Hospital Professora Lydia Storópoli, onde estava internada, nesta quarta-feira, aos 80 anos.

Enterro da cantora Marilene reuniu parentes, amigos e fãs em Paraguaçu Paulista — Foto: Fábio Modesto/ TV TEM

 

O velório e o sepultamento da artista foram realizados em Paraguaçu Paulista, onde as irmãs passaram a infância e começaram a cantar.

Na cidade, foi criado um memorial que conta a história da carreira de mais de 70 anos da dupla.

Carreira

A dupla, que surgiu em 1947, se consagrou como pioneira no universo da música caipira. As irmãs entraram no ramo como sendo as duas primeiras mulheres do cenário sertanejo, então dominado pelo elenco masculino.

Além de cantar, Mary Galvão – nascida em Ourinhos (SP) em 1940 – tocava sanfona na dupla. Já Marilene Galvão – nascida em Palmital (SP) em 1942 – tocava viola enquanto unia a voz com a da irmã em músicas como Beijinho Doce (Nhô Pai, 1945), clássico sertanejo lançado pelas Irmãs Castro, mas desde sempre associado às vozes das irmãs Galvão.

As Irmãs Galvão no início da carreira — Foto: Reprodução / Site oficial As Galvão

 

Quando entraram em cena na Rádio Club Marconi de Paraguaçu Paulista (SP), em 1947, com sete e cinco anos, respectivamente, Mary e Marilene certamente nem sonhavam em pavimentar trajetória tão longa na música sertaneja.

De rádio em rádio pelo interior paulista, as irmãs acabaram contratadas pela RCA Victor, gravadora na qual debutaram em 1955, ano em que as Galvão registraram, em disco de 78 rotações por minuto, as músicas Carinha de Anjo (Paschoal Yanuzzi e Fábio Mirhib) e Rincão Guarani (Maurício Cardozo Ocampo, Diogo Mulero Palmeira e Centorion).

Começou, naquele ano, a bem-sucedida trajetória fonográfica pavimentada pelas gravações de toadas, modas de viola e rasqueados, gêneros musicais recorrentes no universo sertanejo. As irmãs Galvão gravaram discos com regularidade até o fim da década de 1980.

A partir dos anos 1990, a discografia foi ficando cada vez mais espaçada na medida em que a dupla passava a ser cada vez mais reconhecida pelo fato de, no rastro das Irmãs Castro, Mary e Marilene terem imprimido assinatura vocal feminina na música sertaneja quando que somente os homens cantavam modas caipiras.

Essa trajetória pioneira foi celebrada em 2017, ano em que as Galvão festejaram sete décadas de carreira, com a edição do DVD "Soberanas – 70 anos ao vivo" e com o documentário "Eu e minha irmã – A trajetória das Irmãs Galvão", dirigido por Thiago Rosente.

 

Fonte: G1

 



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