Justiça nega pedido de prisão de dentista que disputava racha e causou morte de psicóloga em Assis
13/05/2021 - Com a decisão da Justiça, o dentista vai ser investigado em liberdade.
A Justiça não aceitou o pedido feito pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Assis de prisão preventiva do dentista Murilo Almeida Machado, de 24 anos, acusado de homicídio doloso pelo acidente que matou a psicóloga Maria Flavia Camoleze, de 26 anos.
Segundo a decisão, uma série de medidas cautelares foram adotadas (veja abaixo) e o entendimento da Justiça é de que essas ações são suficientes neste momento.
O acidente aconteceu na madrugada do dia 1º de maio e, segundo as investigações, Murilo estava embriagado e participava de um racha por quase 1 km antes de perder o controle do carro e bater contra o pilar de um estabelecimento comercial em uma praça da Avenida Rui Barbosa. Maria Flávia estava no banco de passageiro do veículo.
Com a decisão da Justiça, o dentista vai ser investigado em liberdade. Murilo chegou a ser preso em flagrante no dia do acidente por apresentar sinais de embriaguez, mas foi liberado após pagamento de fiança no valor de R$7,7 mil. Imagens de circuito de segurança mostram o dentista em um bar antes do acidente.
A Justiça recebeu a denúncia contra Murilo e deu 10 dias para que a defesa dele seja intimada.
Na decisão, o juiz fixou medidas cautelares a serem cumpridas pelo dentista:
obrigação de comparecer ao Fórum assim que reaberto, a cada dois meses;
proibição de frequentar bares, casas noturnas e lugares em que há consumo de álcool;
proibição de sair da comarca de Assis por mais de sete dias;
proibição de sair de casa das 22h às 5h;
suspensão do direito de dirigir com a entrega da CNH.
O outro motorista envolvido no racha, que já se apresentou e foi ouvido pela polícia, também não pode mais dirigir e nem sair da cidade.
Para a Justiça, o entendimento é de que essas medidas cautelares são suficientes neste momento inicial do processo que ainda será julgado com direito a ampla defesa.
O juiz ainda oficiou a Polícia Militar e a prefeitura de Assis pra avaliarem o aumento de fiscalização e medidas de educação no trânsito da cidade, especialmente na Avenida Rui Barbosa, local do acidente. O Ministério Público disse que vai recorrer da decisão no Tribunal de Justiça.
Fonte: G1