Moradora é agredida e ofendida após tentar ajudar morador de rua
12/05/2021 - Pessoas em situação de rua seguem abandonadas nas ruas da cidade.
Mais uma vez as redes efetivamente sociais cumprindo o seu papel de ser canal de expressão e mobilização da população em busca de, através da emissão de opiniões, encontrar soluções e promover debates sobre assuntos relevantes ao bem comum.
Desta vez quem se manifestou por uma rede social, através de um deste grupos criados localmente, foi a internauta Mary Milanez, que se sentiu bastante ofendida por ter sida agredida verbalmente e mordida por um cachorro mantido por uma pessoa em situação de rua. Sua publicação teve mais de 60 visualizações e 35 comentários.
Conta ela que, penalizada pela situação da pessoa e também do animal, comprou ração e foi até o local – que seria próximo ao semáforo da “São Marcos” na avenida Siqueira Campos – para entregar a comida ao morador para alimentar o cachorro.
Mary afirma que no local foi ofendida verbalmente pelo morador que, proferindo palavras de baixo calão, não aceitou sua atitude e, ao tentar deixar a ração para o cachorro ainda foi mordida pelo animal, causando-lhe ferimentos na mão.
Com essa atitude, a situação volta a ser debatida, pois embora haja toda a liberdade de ir e vir, além da própria livre manifestação dessas pessoas em situação de rua, mais uma vez a população se pergunta se o direito individual delas não estaria se sobrepondo ao direito coletivo de todos e causando transtornos, além disso, riscos à segurança e saúde, deles e de todos os demais.
Conforme afirmou Claudia Regina Dias, em solidariedade à moradora Mary, uma das pessoas que se manifestou e declarou: “Meu Deus...Infelizmente a ingratidão só aumenta, mas e vc está bem agora? Procurou ajuda pra se prevenir, tomar vacina porque vai saber né provavelmente esse cachorro não é vacinado”.
Já a internauta Val Cena, declarou: “Que horror, eu já doei ração pro cachorro dele, ele foi bem educado e me agradeceu muito. Deve ter variação de humor vai saber, agora eu fiquei até com medo de ajudar uma próxima vez. Deus me livre a gente tentar ajudar e ser agredida assim.”
Já Paula Arruda narra um episódio parecido: “Ja faz algum tempo isso...bateu no meu portão um morador de rua pedindo comida e café. Fui pra dentro preparar a comida e de mistura fritei ovo, era o que estava facil de fazer na hora. Arrumei uma marmita pra ele e o cafe com pão com manteiga dei pra ele ...ele olhou na marmita me chingou disse que não era cachorro pra comer ovo e que não gostava de pão com manteiga. Tomei dele e dei pro cachorro que estava no outro lado da rua...nunca mais!”
Joel Costa indica: O que me alegra e saber que o mundo tem pessoa boa como você, Parabéns pela sua atitude! Por mais que não foi recíproco, Deus conhece seu coração!”.
O que tem preocupado ainda mais é a falta de proposta do poder público para que a situação dessas pessoas seja modificada. Embora haja o serviço de atenção especial no município, que deve ser prestado pelo CREAS, as pessoas em situação de rua não contam com um lugar para refeições, banho, pernoite e atendimentos a que têm direito pelos serviços públicos, especialmente o de saúde. “Até quando?” – perguntam os contribuintes da cidade.
Fonte: Trassos Comunicação/ Foto: Mary Milanez