Câmara de Assis abre CPI para apurar denúncias de irregularidades na vacinação contra Covid
27/04/2021 - Comissão foi aprovada na noite de segunda-feira (26), durante a 13ª sessão ordinária.
A Câmara Municipal de Assis (SP) instaurou uma CPI da Covid-19 para apurar irregularidades na vacinação na cidade.
A CPI foi aprovada na noite de segunda-feira (26), durante a 13ª sessão ordinária. O objetivo é investigar e apurar a conduta de agentes públicos e entidades privadas no emprego dos recursos destinados à saúde, além de averiguar possíveis irregularidades no processo de vacinação em Assis.
A publicação da lista dos vacinados em Assis gerou um grande número de denúncias ao Ministério Público, que está atuando no caso para apurar irregularidades.
Assis divulga lista de vacinados contra Covid — Foto: Prefeitura de Assis/Divulgação.
Também em Assis houve polêmica com a vacinação ocorrida no 32º Batalhão da Polícia Militar, após denúncias de que esposas de alguns policiais haviam sido vacinadas na chamada "xepa da vacina", que é sobra de doses que precisam ser aplicadas no dia.
O caso está sendo apurado pelo comando da PM e os policiais envolvidos na suposta irregularidade foram afastados.
Vacinação contra Covid foi realizada na sede do batalhão em Assis — Foto: Facebook/Reprodução
Investigação do Ministério Público
Também em Assis, o Ministério Público investiga dezenas de denúncias de que mais pessoas teriam furado a fila de vacinação. Segundo o MP, as denúncias envolvem cerca de 70 pessoas que teriam burlado o sistema para conseguir a vacina de forma irregular.
A discussão veio à tona depois que a Prefeitura de Assis divulgou a lista dos moradores que tomaram a vacina contra o coronavírus na cidade, em cumprimento a uma lei municipal aprovada em fevereiro pela Câmara de Vereadores.
De acordo com o Ministério Público, o órgão recebeu três denúncias, envolvendo cerca de 20 pessoas, antes da publicação da lista, e outras três denúncias, envolvendo cerca de 70 pessoas, depois da divulgação da relação de vacinados.
"As denúncias serão investigadas pelo Ministério Público, que, inicialmente, solicitará informações complementares à Secretaria Municipal da Saúde para esclarecer qual o critério utilizado para a aplicação do imunizante", explicou o MP em nota.
Ainda de acordo com o órgão, os nomes dos investigados não serão divulgados porque, em alguns casos, as denúncias podem estar "desacompanhadas de qualquer fundamento jurídico ou fático". Por isso, o MP pediu informações à Secretaria da Saúde para possibilitar a análise do deferimento ou não.
Conforme o MP, as denúncias envolvem vários tipos de profissionais, mas todas as análises estão sendo feitas de acordo com o documento técnico que elegeu quais são os grupos prioritários para a vacinação.
Fonte: TV Tem