PM afasta oficiais após denúncia de que esposas teriam tomado vacina contra Covid em Assis
21/04/2021 - Aplicação teria ocorrido no batalhão da cidade, durante imunização dos profissionais de segurança.
Dois oficiais do 32º Batalhão da Polícia Militar em Assis (SP) foram afastados de suas funções depois que uma sindicância foi aberta para investigar a denúncia de que esposas de policiais da cidade teriam recebido a vacina contra a Covid-19.
Segundo a denúncia, as mulheres teriam recebido a dose durante a imunização realizada no batalhão para os profissionais de segurança, no início do mês. No entanto, elas ainda não teriam direito de receber a vacina nessa fase da campanha.
O Comando de Policiamento do Interior da região de Presidente Prudente (SP) abriu a sindicância na última quarta-feira (14) e, por meio de nota, informou que "recebeu com perplexidade a informação de que familiares de policiais teriam recebido doses da chamada 'xepa' (algumas doses restantes de três frascos já abertos ao final das atividades de vacinação), contrariando determinações".
A nota ressalta ainda que a instituição não compactua com desvios de comportamento e que o caso está sendo rigorosamente apurado. Os policiais envolvidos foram afastados na quinta-feira (15).
De acordo com a PM, a operação de vacinação dos profissionais de segurança pública exigiu minucioso planejamento e primorosa execução para imunizar mais de 140 mil agentes em 83 postos de vacinação nos quartéis em 10 dias.
O comando disse que seguiu as recomendações do Programa Nacional de Imunizações e do Plano Estadual de Imunização para a vacinação, assim como os protocolos técnicos de ambas as instâncias.
O Ministério Público também instaurou um procedimento preparatório de inquérito civil para apurar possíveis irregularidades na vacinação ocorrida no 32º Batalhão da PM em Assis. O MP quer saber se existe algum indício de irregularidade para, em seguida, abrir um inquérito civil.
A Secretaria de Saúde de Assis informou que a organização da imunização da segurança pública não foi de responsabilidade do município.
Disse ainda que foi solicitado auxílio na aplicação das doses no Batalhão porque não havia profissionais treinados, mas que todo direcionamento, organização, pré-cadastro e registro das doses era de responsabilidade da polícia e da penitenciária.
Fonte: G1