Crescem os casos de WhatsApp clonados em Paraguaçu Paulista
15/04/2021 - Delegado João Fernando Pauka Rodrigues fala como proceder diante do crime.
Tem se tornado cada vez mais comum os crimes de estelionato cometidos por meio da internet. Os golpes pelo aplicativo de mensagens WhatsApp já representam boa parte das ocorrências de estelionato registradas pela Polícia Civil. Uma onda de clonagem de aplicativos de mensagens, onde bandidos pedem dinheiro já virou rotina. Esse tipo de golpe pode começar com uma ligação ou até mesmo com uma simples mensagem.
Segundo o delegado titular da Polícia Civil, João Fernando Pauka Rodrigues, em Paraguaçu Paulista diariamente são registrados boletins de ocorrência eletrônicos denunciando o crime.
Ele explica, entretanto, que em casos de clonagem do WhatsApp, quem deve fazer a denúncia é algum contato que acabou sendo prejudicado financeiramente pelo golpe e não quem teve o celular clonado.
“Como não há prejuízo patrimonial, esse crime não se enquadra na hipótese do estelionato, que é um crime que demanda prejuízo econômico, portanto quem sofre a invasão do aplicativo WhatsApp não teve, a princípio, nenhum prejuízo patrimonial, quem acaba tendo prejuízo patrimonial são seus contatos que, uma vez acionados, efetuam transferências e depósitos solicitados pelo criminoso”, afirmou o delegado.
Ainda segundo o delegado, o prazo para registrar a ocorrência é de seis meses a partir do descobrimento da autoria do crime.
“A clonagem de WhatsApp tem enquadramento legal no Artigo 154-A do Código Penal que tipifica o crime de invasão de dispositivo informático, esse crime é processado mediante ação penal pública condicionada a representação, então por isso é importante que quando as pessoas vierem até a Delegacia ou registrarem Boletim de Ocorrência Eletrônico, que mencionem que tem a intenção de ofertar representação”, destacou.
Redação TV Paraguaçu