PM investiga denúncia de que mulheres de policiais de Assis teriam tomado vacina contra Covid
15/04/2021 - Imunização teria ocorrido no batalhão da cidade.
O Comando de Policiamento do Interior da região de Presidente Prudente abriu sindicância para investigar a denúncia de que esposas de policiais militares de Assis (SP) teriam recebido a vacina contra a Covid-19 durante a imunização realizada no Batalhão da cidade semana passada.
O Comando disse que seguiu as recomendações do Programa Nacional de Imunizações e do Plano Estadual de Imunização para a vacinação, assim como os protocolos técnicos de ambas as instâncias, que preveem o aproveitamento de doses remanescentes em frascos abertos ao fim do expediente de imunização, quando houver. Porém o caso será apurado.
Investigação do Ministério Público
Também em Assis, o Ministério Público investiga dezenas de denúncias de que mais pessoas teriam furado a fila de vacinação. Segundo o MP, as denúncias envolvem cerca de 70 pessoas que teriam burlado o sistema para conseguir a vacina de forma irregular.
A discussão veio à tona depois que a Prefeitura de Assis divulgou a lista dos moradores que tomaram a vacina contra o coronavírus na cidade, em cumprimento a uma lei municipal aprovada em fevereiro pela Câmara de Vereadores.
De acordo com o Ministério Público, o órgão recebeu três denúncias, envolvendo cerca de 20 pessoas, antes da publicação da lista, e outras três denúncias, envolvendo cerca de 70 pessoas, depois da divulgação da relação de vacinados.
"As denúncias serão investigadas pelo Ministério Público, que, inicialmente, solicitará informações complementares à Secretaria Municipal da Saúde para esclarecer qual o critério utilizado para a aplicação do imunizante", explicou o MP em nota.
Ainda de acordo com o órgão, os nomes dos investigados não serão divulgados porque, em alguns casos, as denúncias podem estar "desacompanhadas de qualquer fundamento jurídico ou fático". Por isso, o MP pediu informações à Secretaria da Saúde para possibilitar a análise do deferimento ou não.
Conforme o MP, as denúncias envolvem vários tipos de profissionais, mas todas as análises estão sendo feitas de acordo com o documento técnico que elegeu quais são os grupos prioritários para a vacinação.
Fonte: G1