Associação Comercial lamenta prorrogação da Fase Emergencial até 11 de abril
29/03/2021 - Segundo a entidade, as pessoas estão confundindo comércio fechado com férias
A Associação Comercial e Empresarial de Paraguaçu Paulista publicou uma nota no último sábado, dia 27, afirmando que o presidente da entidade, Fábio Santos, e sua diretoria, lamentaram a decisão tomada pelo Governo do Estado de São Paulo, que prorrogou a atual fase emergencial até o dia 11 de abril.
Segundo Fábio Santos, o Governo do Estado tem delegado aos empresários a responsabilidade pela circulação de pessoas, porém os dados mostram que, apesar do longo período de fase emergencial, pouco houve de alteração na circulação de pessoas.
Conforme o divulgado pela Folha de São Paulo, na primeira semana da fase emergencial, o pico do isolamento ocorreu somente no domingo dia 21, quando o índice chegou a 51%, sendo que no domingo anterior o índice apontava o isolamento, na então fase vermelha, na casa dos 50%.
Para o presidente da entidade, os dados provam que o modelo de contenção está equivocado, uma vez que com o comércio fechado ou não, não houve alteração significativa nos números apresentados referente ao isolamento. Fábio lembra que, o comércio funciona como agente controlador quando aberto, sendo que este obriga funcionários e clientes a usarem álcool 70 na higiene e máscara em 100% do tempo. Já com comércio fechado, o que vemos são pessoas viajando, ou seja, estão confundindo isolamento social (comércio fechado) com férias e na maioria dos casos sem uso das medidas de proteção.
Outro ponto abordado pela diretoria da entidade é a falta de conscientização das pessoas, que tem promovido festas clandestinas em nosso município em locais públicos afastados da cidade e com grande aglomeração de pessoas. São festas/encontros realizados em canaviais, horto florestal e algumas chácaras. Nesse sentido, fica difícil cobrar ação de fiscalização, pois as festas são marcadas em grupos nas redes sociais e os locais definidos a poucos instantes do início do evento. Estas festas são chamadas de festas “open cooler”, onde são parados os carros que tem seus sons ligados e ocorrem consumo de bebida alcoólica compradas pelos participantes.
Diante da situação, a Associação Comercial continua sugerindo a população que ajude na fiscalização fazendo suas denúncias para a Policia Militar via 190, sobre festas clandestinas e aglomerações.
A entidade entende perfeitamente que a redução na contaminação se dará pela redução da circulação de pessoas, porém fica claro que o modelo aplicado não tem sido eficaz, o que além de manter o número de novos contaminados nas alturas, ainda tem aumentado o número de empresas que tem fechado suas portas, aumentando o desemprego.
Outro ponto a ser abordado é a ineficiência dos governos na ampliação da rede de atendimento hospitalar, inclusive com corte de 12% nas verbas destinadas às Santas Casas promovidas em janeiro pelo Governo do Estado e também cortes na casa de 1,5 bilhões de reais por parte do governo federal em repasses para o governo do estado.
Nem parece que estamos a mais de 12 meses nesse cenário, é lamentável a politização da pandemia, enquanto vemos ações de empresários como o movimento Unidos pela vacina, capitaneado pela empresária Luiza Helena Trajano, qual tem por objetivo facilitar a distribuição do imunizante, vemos uma guerra entre os governos Estadual e Federal, guerra que tem produzido mais de 3.000 mortes diárias e um incontável número de novos desempregos diariamente.
Enquanto a população e os governos não entenderem que essa guerra é de todos, continuarão morrendo pessoas e empresas, reféns de um sistema que envolve corrupção, soberba e luta pelo poder.
Fonte: Associação Comercial