Pandemia transforma rodovias do Interior em rotas solidárias
05/08/2020 - Mobilização em apoio a caminhoneiro proporciona bem-estar a colaboradores
A pandemia modificou a rotina de muita gente. Mas além das medidas de isolamento que interferiram no funcionamento das empresas, o período tem sido também marcado por quebras de paradigmas e de um novo olhar para valores como a empatia. Uma realidade para profissionais da CART – Concessionária Auto Raposo Tavares que atuam na linha de frente.
Considerada um serviço essencial, a operação de rodovias, além da Polícia Militar Rodoviária, envolve uma série de profissionais qualificados a prestar o atendimento ao usuário. Nem mesmo a pandemia tirou de seus postos de trabalho operadores de atendimento viário, profissionais de atendimento pré-hospitalar (Médicos, Técnicos e Resgatistas) operadores de pedágio, integrantes de frentes de obras, engenharia de manutenção e conserva. Todos eles cumprem rigoroso protocolo sanitário para que o risco de contágio do novo coronavírus seja neutralizado.
No período do novo normal, alguns destes colaboradores têm participado de novas experiências. Fazem parte da força-tarefa que a Concessionária criou para o enfrentamento à Covid-19 e que tem como principal público outra figura profissional que não pode parar: o caminhoneiro.
Origem e destino
Nos 444 quilômetros que compõem o eixo central administrado pela CART, passam todos os dias motoristas de diversas regiões do País. Levam ou trazem cargas, principalmente, de municípios de São Paulo, do Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. Mas tem também quem venha ou tenha como destino municípios dos Estados de Roraima, Rio Grande do Norte, Pará, Amazonas.
A rota pelo Centro-Oeste Paulista, de Bauru a Presidente Epitácio, interliga também caminhos ao terminal intermodal de cargas da Hidrovia Tietê-Paraná e aos portos de Santos e de Paranaguá-PR.
Toda esta complexa dinâmica de logística demanda, desde março, um olhar diferenciado ao profissional das estradas. “É com esta visão que a CART redesenhou sua linha operacional durante a pandemia. Mantivemos nossos serviços essenciais, mas entendemos que era necessário ir além para que o motorista que escolhesse viajar por este corredor viário tivesse toda assistência necessária”, afirma Luis Santos, Gerente de Operações da CART.
Paradas de apoio
De Bauru até Presidente Epitácio, já na divisa com o Estado do Mato Grosso do Sul, pontos de apoio montados em locais mapeados pelas equipes operacionais oferecem, desde março, o suporte ao caminhoneiro.
São mais de 13,5 mil profissionais do transporte de cargas atendidos pelas equipes em estruturas montadas em postos de combustível de maior movimentação de caminhões, bases do Policiamento Rodoviário Estadual, bases do Serviço de Atendimento ao Usuário e em praças de pedágio. A orientação de cuidados com a saúde, higienização da boleia do caminhão sempre fazem parte das abordagens, quando também ocorrem distribuições gratuitas de suprimentos, que já totalizam mais de 12.960 kits de alimentos, 1.803 litros de álcool gel e 3.175 litros de álcool 70%.
Parceria
Orientar e dar condições ao profissional para seguir viagem preparado para enfrentar o inimigo invisível que tanto tem assombrado a humanidade faz parte de um ritual que a CART estabeleceu e que tem surtido outro efeito positivo: o da realização de profissionais envolvidos nesta iniciativa.
Entre eles está Francine Camargo, de 27 anos. Operadora de pedágio há seis na CART, na praça da SP 225 – Rodovia João Baptista Cabral Rennó, em Santa Cruz do Rio Pardo - cidade onde é intensa a atividade industrial e a movimentação de carga de grãos - ela contribui, desde o início da pandemia, na contagem, separação e entrega dos kits de alimento aos caminhoneiros.
Uma experiência que lhe traz satisfação. “É uma sensação de privilégio poder fazer parte de algo que ajuda os caminhoneiros a seguirem seus caminhos. São guerreiros que não deixaram de realizar o transporte e a logística que o Brasil precisa para levar alimento, remédio e o que mais é necessário para o brasileiro. Sair da rotina de trabalho diária, nas cabines de operação para ir até a linha de frente nas ações de enfrentamento ao Covid-19 me fez crescer não apenas como colaboradora da CART, mas como pessoa, como ser humano, saber que de alguma forma, estamos colaborando e sendo úteis durante esse momento delicado do País”, analisa.
Outro colaborador há seis anos na CART que participa deste trabalho é Juliano Lopes de Oliveira, 34. O operador viário, que presta atendimento a usuários na SP 270 – Rodovia Raposo Tavares, em Santo Anastácio e municípios vizinhos, opera recursos da empresa e dá treinamento para outros colaboradores.
Sempre envolvido em ações solidárias da CART, não apenas na pandemia, mas durante todas as ações gratuitas com objetivo de fornecer segurança e comodidade aos usuários. Trabalha na orientação em blitz educativas, colagem de refletivos em caminhões e capacetes, palestras em empresas e escolas e mais recentemente, esteve na linha de frente das ações durante a pandemia na Concessionária.
“Para mim, é muito prazeroso, pois em todos os momentos, senti que de alguma forma estamos tendo uma parcela de contribuição para que esses motoristas profissionais continuem levando o sustento até as mesas dos brasileiros, sem que a pandemia os paralisasse e, acima de tudo, paralisasse o Brasil”.
Produtividade
A experiência dos profissionais envolvidos na força-tarefa da CART tem trazido bons resultados do ponto de vista emocional e estimulado a produtividade.
“É nítido o engajamento de todos. O envolvimento é intenso e o clima positivo que se estabelece é notado nas conversas e fotos compartilhadas nos grupos em aplicativos de mensagens. Eles se sentem peça importante de algo maior, de um momento em que fazer a diferença é o principal agente na fórmula da solidariedade, até agora, o único remédio com eficácia comprovada contra os males que a pandemia tem causado”, Athayde Caldas Jr., gerente de Relações Institucionais da CART.
Sobre a CART
A CART administra as rodovias SP-225 - João Baptista Cabral Rennó, SP-327 - Orlando Quagliato e SP-270 - Raposo Tavares, no total de 834 quilômetros entre Presidente Epitácio e Bauru, sendo 444 no eixo principal e 390 quilômetros de vicinais. Em 2019, a empresa ganhou a 1ª colocação na categoria Segurança Rodoviária e está entre as 10 melhores Concessionárias de Rodovias do Estado de SP, de acordo com o ranking divulgado pela ARTESP - Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo, órgão que regulamenta e fiscaliza o Programa de Concessões Rodoviárias do Governo do Estado de São Paulo. As rodovias da CART contribuem para a expansão do comércio, indústria, do agronegócio, do turismo e da prestação de serviços nos municípios cortados pelo Corredor Raposo Tavares. Monitorada e 100% duplicada, a concessão confere segurança e agilidade no trânsito de cargas, conectando o Oeste Paulista com os principais pontos de escoamento da produção do Brasil.
Assessoria