Casa onde morava suspeito de matar menina com 13 facadas pega fogo em Chavantes
20/01/2020 - Bombeiros foram chamados para conter as chamas; polícia investiga se incêndio foi criminoso.
A casa do suspeito de ter matado a menina Emanuelle com 13 facadas em Chavantes (SP) pegou fogo neste domingo (19). Aguinaldo Guilherme Assunção foi preso após confessar o crime. Ele foi encontrado morto na cela na última quarta-feira (15).
Segundo o Corpo de Bombeiros de Ourinhos, a equipe foi chamada para apagar o incêndio. A casa estava vazia no momento das chamas e ninguém ficou ferido. A polícia vai investigar se o incêndio foi criminoso.
Ainda segundo a corporação, uma casa vizinha chegou a ter um princípio de incêndio, mas foi controlado por moradores e com a ajuda de um caminhão-pipa da prefeitura, antes mesmo da chegada dos bombeiros.
Emanuelle Pestana de Castro, de 8 anos, foi encontrada morta na segunda-feira (13), na zona rural de Chavantes, depois de ficar três dias desaparecida. O suspeito Aguinaldo confessou que matou a menina à polícia e indicou o local do corpo.
Ela brincava em uma praça de Chavantes no dia 10 de janeiro quando desapareceu. Emanuelle foi enterrada na terça-feira (14) no Cemitério Municipal de Chavantes, sob forte comoção.
Crime
Segundo a polícia, a criança foi atraída pelo suspeito para colher mangas em uma área de mata e foi morta com 13 facadas.
Aguinaldo relatou à polícia que matou Emanuelle por vingança contra a mãe dela que, segundo ele, não deixava que ela brincasse com o enteado dele.
Aguinaldo foi preso por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e estava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Cerqueira César desde a audiência de custódia. Na manhã de quarta-feira (15), ele foi encontrado morto na cela com um lençol enrolado no pescoço.
Moradores de Chavantes protestaram contra o enterro dele na cidade. Por causa da manifestação, o corpo de Aguinaldo foi enterrado em Ourinhos.
Segundo o delegado Antônio José Fernandes Vieira, Aguinaldo já havia sido condenado e cumpriu pena em 1988 por ter assassinado o irmão.
O delegado também afirmou que, mesmo depois da morte de Aguinaldo, a investigação sobre o caso vai prosseguir normalmente. "O inquérito que apura o homicídio de Emanuelle terá seguimento até que todas as circunstâncias do ocorrido sejam estabelecidas", afirma.
Fonte: G1