Condenado por estuprar e matar universitária morre na véspera do crime completar 5 anos
25/09/2024 - Preso por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver, Rodrigo Pereira Alves tratava doença crônica.

Rodrigo Pereira Alves, condenado pela morte e estupro da universitária Mariana Bazza, morreu na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (SP) na manhã desta segunda-feira (23). A morte ocorreu na véspera de o crime completar 5 anos. A jovem Mariana, que tinha 19 anos à época, desapareceu em 24 de setembro de 2019.
De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Rodrigo tinha 42 anos e estava preso na penitenciária de Itaí (SP), onde cumpria pena pelo crime, que aconteceu em Bariri em 2019. Ele tratava uma doença crônica grave.
Rodrigo deu entrada no HC no dia 16 de setembro e morreu uma semana depois, nesta segunda-feira, por volta das 10h30. A causa da morte não foi informada pela SAP, nem pela assessoria do hospital. Ainda de acordo com a SAP, a progressão do quadro clínico foi detectada por meio de exames laboratoriais e ele vinha recebendo suporte de saúde.
Rodrigo não havia cumprido nem 4 anos dos 40 anos, 10 meses e 18 dias de prisão por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver de Mariana Bazza. A condenação saiu em julgamento realizado em 2020.
Relembre o caso
O crime aconteceu em setembro de 2019, quando a vítima desapareceu após sair da academia onde frequentava, em Bariri, no dia 24 daquele mês, e receber ajuda de Rodrigo Pereira Alves para trocar o pneu do carro.
O autor do crime havia saído da prisão cerca de um mês e tinha passagens por estupro, roubo, extorsão e constrangimento ilegal.
Com a localização fornecida pelo criminoso após a sua prisão, a polícia encontrou Mariana morta em uma área de canavial em Cambaratiba, distrito de Ibitinga, cidade próxima a Bariri.
O corpo foi encontrado em uma área de mata, próximo a uma rodovia, de bruços com as mãos amarradas para trás e um tecido no pescoço.
Crime premeditado
Uma câmera de segurança da academia que Mariana frequentava registrou quando Rodrigo se aproximou do carro da vítima e ficou encostado nele durante alguns minutos.
Cerca de meia hora depois, quando a jovem saiu da academia e encontrou o pneu vazio, Rodrigo, que estava do outro lado da avenida, começou a gritar para alertar sobre o problema — apesar dele não ter visão nenhuma do pneu vazio, o que reforçou a teoria de que ele premeditou o crime.
Segundo o relato da amiga da vítima, Heloísa Passarello, Rodrigo atravessou a avenida falando sobre o problema e insistindo para que ela aceitasse ajuda.
A jovem chegou a mandar para o namorado uma foto do suspeito fazendo a substituição do pneu furado, para avisar o que tinha acontecido. A imagem ajudou a polícia a chegar até o suspeito.
Com base nas imagens, a polícia identificou o suspeito e conseguiu fazer a prisão em Itápolis, a 60 quilômetros de Bariri, escondido no telhado de uma casa.
Ele foi ouvido pela primeira vez na Justiça em agosto de 2020, na segunda audiência do julgamento. O procedimento foi feito por videoconferência por causa da pandemia de Covid-19.
Em outubro de 2020, Rodrigo foi julgado e condenado a 40 anos, 10 meses e 18 dias de prisão, inicialmente em regime fechado, por latrocínio, estupro e ocultação de cadáver. A sentença foi dada 11 meses após ele ser preso. Ele cumpria a pena na Penitenciária de Itaí.
Fonte: G1