Polícia Militar investiga denúncia de mulher agredida durante abordagem em Botucatu
09/02/2024 - A mulher contou que ia buscar os filhos na casa de uma vizinha quando foi abordada.
Uma mulher de 37 anos denunciou ter sido agredida por um policial militar durante uma abordagem no Conjunto Habitacional Armando de Barros Sobrinho, conhecido como “Predinhos da CDHU”, na Vila Jardim em Botucatu (SP).
A PM informou, em nota, que um inquérito policial militar (IPM) foi instaurado para investigar a conduta dos policiais durante a abordagem, que ocorreu no dia 5 de janeiro, mas veio à tona nesta semana após a vítima tornar o caso público nas redes sociais.
Em entrevista, a mulher contou que, ao buscar os filhos que brincavam na casa de uma vizinha, cruzou com os policiais nas escadarias do residencial, que a abordaram.
“Ele olhou na minha cara e perguntou: você não sabe quem eu sou? Eu falei que não. Ele me chamou de vários nomes, que não tinha cabimento. Aí eu falei que ele não podia falar assim comigo e começamos a discutir”, contou.
A vítima disse que chegou a empurrar o policial após ele investir contra ela. “Nisso ele passou e me bater muito e não parava de me xingar. Daí a população começou a sair dos apartamentos e filmar”, afirmou.
Contida, a mulher foi levada à delegacia de Botucatu, que não ouviu o depoimento dela naquele momento por conta dos ferimentos que a mulher apresentava. Os militares então a levaram para o Hospital das Clínicas de Botucatu (SP), onde foi socorrida com ferimentos em um dos olhos.
Um boletim de ocorrência por desacato foi registrado pelos policiais. Em depoimento para elaboração do documento, os oficiais alegaram que foi a mulher quem teria começado os insultos, que ela estaria alterada e com um copo de bebida alcoólica nas mãos.
No depoimento ainda foi dito que a vítima teria tentado sacar a arma de um dos policiais durante a imobilização, o que fez com que um deles desse um soco no rosto dela, que resultou nos ferimentos em um dos olhos.
A vítima disse que foi algemada durante a abordagem, e que não seria possível tentar pegar a arma dos policiais.
Ao receber alta médica, a mulher deu sua versão às autoridades, quando disse que não xingou, bateu, ou tentou pegar as armas dos policiais, e afirmou ter sido agredida sem motivo algum.
Fonte: G1