Número de pessoas em situação de rua cresce na região; em Paraguaçu aumento foi de 11 para 14
24/01/2024 - Bauru e Marília (SP) estão entre os 30 municípios do estado de SP com mais pessoas nas ruas.
O número de pessoas em situação de rua na região centro-oeste paulista cresceu mais de 143% nos últimos sete anos, mostra um levantamento feito pelo g1, a partir de dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos, administrado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH).
Se em 2016, primeiro ano registrado na base de dados, eram 924 pessoas nessas condições nos 100 municípios da região; em 2023, o número aumentou para 2.246.
A capital paulista lidera o ranking estadual, com 54.812 pessoas em situação de rua. Em segundo lugar está Campinas (SP), com 2.324 pessoas; seguida por Santos, no litoral paulista, com 1.395 pessoas.
Dos municípios do centro-oeste do estado, Marília é a primeira a aparecer no ranking, na 29ª posição, com 355 pessoas em situação de rua. Na sequência, aparecem Bauru em 30º, com 342, Ourinhos em 32º, com 305, e Jaú em 33º, com 286.
Em Paraguaçu Paulista, 14 pessoas vivem nas ruas. O contingente cresceu em 3 moradores desde 2016, quando haviam 11 pessoas em situação de rua na cidade.
Em Assis, o número de pessoas nas ruas saltou de 23 para 45, ou seja, um aumento de 22 moradores de rua desde 2016.
No levantamento do MDH, que abordou cidades das 26 unidades federativas do Brasil e o Distrito Federal, os principais motivos apontados para a situação de rua foram os problemas familiares (44%), seguidos de desemprego (38%) e alcoolismo e/ou uso de drogas (28%).
O número de municípios brasileiros com pessoas em situação de rua cadastradas passou de 1.215 em 2015 (22% do total de municípios do país), para 2.354 em 2023 (42% do total de municípios do país).
O estado de São Paulo concentra a maior população em situação de rua (41%) cadastrada no país. Só a capital paulista concentra uma quantidade de pessoas em situação de rua maior do que a população total de 89% dos municípios brasileiros.
Em 2023, de acordo com os dados do Cadastro Único, o perfil era majoritariamente masculino (88%), de pessoas negras (68%, somando pardas, 50%, e pretas, 18%) e em idade adulta (57% tinham entre 30 e 49 anos).
Fonte: G1