Mulher morta com o marido em emboscada em Votuporanga foi alvejada por 13 tiros
22/01/2024 - Filha estava debaixo do banco do carro e foi atingida por quatro disparos.
A mulher de 32 anos, assassinada com o marido e filha em uma emboscada, foi alvejada por 13 tiros. Já a adolescente de 15 anos foi atingida por quatro disparos e encontrada morta debaixo do banco do carro, onde tentou se esconder dos criminosos, segundo a Polícia Civil.
A família de Olímpia (SP) desapareceu em 28 de dezembro do ano passado, mas o crime foi descoberto no dia 1º de janeiro, em Votuporanga (SP). Anderson Marino, de 35 anos, a esposa Mirele Tofalete, e a filha deles, Izabelly, foram encontrados mortos com sinais de execução em um canavial.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Tiago Montagnini, Anderson foi o primeiro a morrer, ao ser atingido por sete disparos. Ele entregaria maconha aos suspeitos do crime quando foi assassinado.
“Anderson foi o primeiro a morrer, com sete disparos. A esposa foi a segunda, recebeu 13 disparos, ela não teve tempo nem de tirar o cinto de segurança. A adolescente recebeu quatro disparos e estava escondida no banco”, revelou o delegado.
Ainda de acordo com o delegado, o crime foi premeditado. Anderson já tinha passagens por tráfico de drogas e pediu para que uma testemunha do crime entregasse a droga aos suspeitos, mas o homem negou o serviço devido ao valor que seria pago.
Dessa forma, segundo o delegado, os suspeitos sabiam que Anderson levaria os entorpecentes e organizaram a emboscada.
“O local é ermo, tanto que só depois de quatro dias os corpos foram descobertos. Não havia testemunhas presenciais. Os autores premeditaram o crime, o local foi escolhido a dedo e, para não deixar rastros, eles se desfizeram dos celulares das vítimas”, informou o delegado.
O primeiro suspeito do crime, João Pedro Teruel, de 23 anos, foi encontrado na casa da namorada, em Valentim Gentil (SP), e preso temporariamente por 30 dias na quinta-feira (18).
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito inicialmente negou o crime, mas depois afirmou que ajudou a armar a emboscada contra a família. Ele foi encaminhado ao Plantão de Votuporanga e, depois, à cadeia.
A Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga aguarda laudos e continua investigando o caso para tentar localizar outros suspeitos de participarem do crime.
Relembre o caso
Pai, mãe e filha saíram de Olímpia para almoçar em São José do Rio Preto e comemorar o aniversário da mulher no dia 28 de dezembro. Desde então, familiares não conseguiram entrar em contato com as vítimas e fizeram buscas pela região.
Depois de dois dias, familiares receberam a informação de que o celular de Anderson teria dado sinal em Votuporanga, cidade a 139 quilômetros de Olímpia e 83 quilômetros de São José do Rio Preto. Foi na cidade que os corpos foram encontrados por um morador que passava pelo canavial.
O veículo da família foi encontrado no canavial e apresentava marcas de tiros. O homem estava caído fora do carro, enquanto mãe e filha foram encontradas dentro do veículo. Munições intactas e cartuchos deflagrados, todos de calibre 9 milímetros, foram encontrados no local.
Antes de a família desaparecer, foi identificada uma ligação para o 190, número de emergência da PM, do celular da adolescente, mas a ligação não foi concluída. Durante a investigação, a polícia também constatou que o homem havia sido ameaçado de morte antes do crime.
Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme apurado, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram no dia 2 de janeiro, no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.
Fonte: G1