Família com sinais de execução: o que se sabe sobre o crime no interior de SP
03/01/2024 - Corpos foram achados com marcas de tiros em canavial de Votuporanga (SP).
Uma família de Olímpia (SP) foi encontrada morta em um canavial. Pai, mãe e filha, de 15 anos, desapareceram na quinta-feira (28) e os corpos deles foram localizados com sinais de execução após quatro dias.
As vítimas apresentavam marcas de tiros e estavam em estado de decomposição na área rural de Votuporanga (SP). Veja o que se sabe sobre o caso:
Quem são as vítimas?
As vítimas são Anderson Marinho, de 35 anos, Mirele Tofalete, de 32 anos, e a filha deles, Isabelly, de 15 anos. A família era moradora de Olímpia.
Mirele trabalhava em uma loja de armas e tinha uma casa de temporada na cidade. A adolescente era estudante.
Como o crime aconteceu?
Pai, mãe e filha saíram de Olímpia para almoçar em São José do Rio Preto (SP) e comemorar o aniversário da mulher, na quinta-feira. Desde então, familiares não conseguiram entrar em contato com as vítimas e iniciaram buscas pela região.
Na sexta-feira (29), parentes registraram um boletim de ocorrência por desaparecimento na Polícia Civil de Olímpia e o caso passou a ser investigado.
No domingo (31), familiares receberam a informação de que o celular de Anderson teria dado sinal em Votuporanga, cidade a 139 quilômetros de Olímpia e 83 quilômetros de São José do Rio Preto. Foi na cidade que os corpos foram achados, após um morador passar pelo canavial e acionar a polícia.
Como os corpos foram encontrados?
As vítimas foram achadas com marcas de tiros, em decomposição, na segunda-feira (1), em um canavial que fica em uma estrada rural de Votuporanga.
O veículo da família também foi achado no canavial e apresentava marcas de tiros. O homem estava caído fora do carro, enquanto mãe e filha foram encontradas dentro dele.
Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Conforme apurado pelo g1, não foi realizado velório, mas os enterros ocorreram na manhã de terça-feira (2), no Cemitério Jardim Parque das Primaveras, em Olímpia.
Qual a linha de investigação da polícia?
Dez dias antes do crime, Mirele publicou nas redes sociais que teve uma moto roubada. Na postagem, ela citou sobre o crime, mas atualizou a mensagem, sem dar detalhes, dizendo que o veículo havia sido encontrado.
O caso foi repassado a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Votuporanga. Durante a investigação, foi identificada uma ligação para o 190, mas a chamada não foi concluída.
Segundo apuração, a polícia identificou que o homem havia sido ameaçado de morte antes do crime e que ele tinha passagens por tráfico de drogas.
Questionada, e sem dar detalhes, a Polícia Civil informou que investiga todas as hipóteses, "mas ainda é cedo para chegar a alguma conclusão".
Até a última atualização desta reportagem, nenhum suspeito havia sido preso ou identificado.
Fonte: G1