Suspeito de jogar gato para ser atacado por cães presta depoimento na delegacia de Cândido Mota
06/04/2019 - Segundo o delegado, morador que aparece em vídeo nas redes sociais negou a ação
O homem suspeito de jogar um gato para ser atacado por cães, em Cândido Mota (SP), foi identificado e prestou depoimento na delegacia nesta sexta-feira (4). De acordo com a Polícia Civil, ele negou a ação.
Imagens de circuito de segurança que circulam nas redes sociais mostram o momento em que um gato tenta fugir do ataque de cães e sobe numa árvore.
O suspeito, que estava na companhia dos cachorros, pega um pedaço de pau e derruba o felino, que é violentamente atacado pelos dois cães.
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De acordo com moradores, o gato foi socorrido e levado a uma clínica veterinária já sem movimentos nas pernas, com sinais de que ficaria paraplégico. Porém, durante o tratamento, ele não resistiu aos ferimentos e morreu na segunda-feira (1º).
Segundo o delegado Gustavo Barbosa Siqueira, que abriu as investigações após perceber a repercussão do caso nas redes sociais, o suspeito afirmou em depoimento que queria apenas ajudar o gato, empurrando o animal mais para o alto da árvore.
O suspeito afirmou que já conhecia os cães, que não são dele, e que não os afastou porque eles estavam muito agressivos e poderiam atacá-lo.
Ainda segundo o delegado, o homem afirmou ainda que possui uma gata em casa e que, por isso, jamais faria uma maldade contra outro gato.
Gato foi levado a clínica sem movimento nas pernas, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na última segunda (1º) — Foto: Thiago Xavier/Arquivo pessoal.
Segundo o delegado, o suspeito admitiu que sofreu ameaças enviadas através de mensagens pelas redes sociais e foi orientado a registrar ocorrência caso se sinta em perigo.
A partir do depoimento, o delegado explica que vai pedir um exame ou laudo ao médico veterinário que atendeu o gato e pesquisar as demais circunstâncias do caso para definir os rumos da investigação.
O delegado lembra que maus-tratos a animais é caso previsto na Lei de Crimes Ambientais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção, que pode crescer em até um terço do tempo no caso da morte do animal.
Fonte: G1 Bauru e Marília