Condenado pela morte do filho de Abelardo Camarinha é recapturado em Marília
02/04/2019 - Márcio Antônio Condeli, de 53 anos, estava foragido do Centro de Progressão Penitenciária desde 2017
O foragido da Justiça Márcio Antônio Condeli, de 53 anos, condenado por planejar o assalto que resultou na morte de Rafael Camarinha, filho do ex-prefeito de Marília, Abelardo Camarinha, foi preso na noite deste domingo (31). Ele estava foragido do Centro de Progressão Penitenciária (CPP) II desde 2017.
De acordo com a Polícia Militar, uma equipe fazia blitz no bairro Parque das Vivendas, zona Oeste de Marília, quando abordou Márcio. Ele teria passado outro nome e a data de nascimento errada, mas foi reconhecido pelos policiais.
Ainda segundo a polícia, o homem foi encaminhado à Central de Polícia Judiciária de Marília e, na sequência, retornou para o sistema prisional.
Márcio, conhecido como “Mascarado” , estava foragido desde 2017, onde cumpria pena em regime semiaberto. Ele foi condenado há 35 anos de prisão, como sendo o mentor do crime.
Segundo a polícia, o reeducando não teria retornado após uma saidinha. Ainda restam 12 anos de pena para serem cumpridos.
O crime
O crime que resultou na morte do estudante Rafael Camarinha, com 23 anos na época, foi no dia 14 de março de 2006.
Segundo a acusação, Renan dos Santos e mais quatro homens, entre eles Márcio, foram até a casa onde morava Rafael Camarinha, na zona oeste da cidade, com a intenção de praticar um assalto. Apenas três entraram na residência.
Renan teria ido até o quarto de Rafael e atirado na cabeça da vítima. Na fuga, ele também atirou contra a empregada, ferida no ombro. Os assaltantes fugiram sem levar nada.
Em novembro do mesmo ano, a Justiça julgou e condenou três dos cinco participantes da ação – um foi absolvido e o outro era menor de 18 anos.
Márcio Antônio Condelli, conhecido como "Mascarado" e considerado o mentor da ação, foi condenado a 35 anos de prisão. Renan e Ricardo Antonio Aparecido de Oliveira receberam penas de 30 anos cada.
A família Camarinha sempre disse acreditar em assassinato encomendado e em execução, mas o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, Tadeu Rossi, responsável pela investigação, concluiu que se tratava de um latrocínio - roubo seguido de morte.
Fonte: G1/ Foto: Jornal do Povo/ Arquivo