Após situação de emergência em saúde pública, Iepê registra morte suspeita de dengue hemorrágica

16/02/2023 - Amostra de sangue da paciente, uma mulher, de 63 anos, foi enviada ao laboratório

A Vigilância Epidemiológica Municipal (VEM) registrou a morte de uma mulher, de 63 anos, por suspeita de dengue hemorrágica, na segunda-feira (13), em Iepê (SP). Uma amostra de sangue da paciente foi enviada ao laboratório do Instituto Adolfo Lutz, para o exame de sorologia, a fim de confirmar a causa do óbito.

A vítima, que tinha um histórico de problemas cardíacos, passou pelo hospital dias antes, alegando dores no corpo. Ela deu entrada no hospital e, no mesmo dia, faleceu, segundo a vigilância.

De acordo com as informações da Declaração de Óbito assinada pelo médico, foram apontados como causas da morte: choque cardiogênico, dengue e insuficiência cardíaca.

Nesta terça-feira (14), a administração municipal deu início a um arrastão de limpeza, 72 horas após o decreto do prefeito Murilo Nóbrega Campos (União Brasil) que declarou situação de emergência em saúde pública pelo aumento nos casos de dengue.

Conforme os indicadores estatísticos da Secretaria Municipal de Saúde, desde o começo do ano, são 423 notificações, sendo 102 positivas, 74 negativas, 247 aguardando resultado e 1 óbito em investigação por dengue hemorrágica.

A partir do decreto, os agentes de saúde já estão fazendo visitas pelos bairros da cidade, com autorização para adentrarem em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono ou de ausência de pessoa que possa permitir o acesso de agentes públicos de endemias e de saúde, quando se mostre essencial para a contenção da doença.

Caso sejam encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor da dengue, o morador será multado no valor de R$ 289,50.

Arrastão de limpeza teve início nesta terça-feira (14), em Iepê (SP) — Foto: Prefeitura de Iepê

Decreto

Para decretar a situação de emergência, o prefeito levou em consideração a circulação autóctone do vírus no município, o número de casos, o aumento do agravamento e a quantidade de hospitalizações e de ocorrências graves da doença, além da necessidade de intervenção imediata por parte da administração local, a fim de garantir a manutenção da ordem social, bem como a saúde pública dos moradores.

O decreto também autoriza a Secretaria Municipal de Saúde e os demais órgãos da administração pública local a adotar todas as medidas que se fizerem necessárias ao restabelecimento da situação de normalidade, inclusive, a requisitar pessoal e equipamentos de outras áreas para, em conjunto, desenvolver ações de eliminação dos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti.